Há dias em que acordamos e temos a sensação que durante a noite fomos atropelados por um autocarro. Lentamente mexemos um dedinho, depois outro. A seguir mexemos uma perna, um braço. Percebemos que nos conseguimos levantar. Em frente ao espelho concluimos que o autocarro que nos atropelou não deixou grandes marcas físicas. Depois da "clareza" proporcionada pela ingestão matinal de cafeina temos a certeza que os danos provocados pelo atropelamento são psicológicos. E que não há analgésicos que nos tirem a dor, Betadine que nos cicatrize as feridas ou pomadinha milagrosa que nos amenize as nódoas negras. Nem a famosa pomada tigre que serve para tudo e para absolutamente nada se apresenta como solução viável.
O que precisavamos mesmo era de desligar o cérebro, fechar para obras, hibernar.
Falta-nos o interruptor. E também não se comercializam viagens para Saturno.
Ficamo-nos pelos amigos, prozac, cigarros e algum álcool.
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