segunda-feira, 30 de novembro de 2009

calendários trocados






São Pedro, esse responsável celestial pela meteorologia, anda um pouco baralhado.
Devia munir-se de uma agenda, um PDA, um iPhone, seja lá o que for, desde que tenha calendário.
Ultimamente, passam fins-de-semana inteiros a chover e temos uns dias de semana com um sol radioso e maravilhoso !
Caro São Pedro, sabemos que há pessoas que trabalham ao fim-de-semana, mas a grande maioria trabalha mesmo de Segunda a Sexta.
Como já acabou o Império Romano que tanto te importunava e até vivemos em democracia, já agora aplicava-se a regra democrática e vencia a maioria.
Reclamamos o nosso direito a ter sol ao fim-de-semana.

O que me leva a pensar numa circunstância semelhante ...
Quando Maomé decidiu instituir cinco rezas diárias e entendeu que deveria chamar os fieis para a primeira oração ao nascer do Sol , também não teve em consideração alguns pormenores importantes: a um dado momento, durante o século XX, foram instalados altifalantes nos minaretes das mesquitas .... e há infieis de férias e a dormir a essa hora tão matutina!




domingo, 29 de novembro de 2009




O fim de tarde chuvoso de Domingo prestou-se a uma sessão de "couch potato" de roupão. 
Não são frequentes, mas hoje ao final do dia dediquei-me à causa: sofá, chá e comando na mão pronta para fazer zapping. 
Fico sempre admirada com a quantidade de anúncios de detergentes para a roupa, casa, loiça, etc. 
Sempre que passava momentaneamente pelas brasas, quando acordava lá estava mais um anúncio à minha espera. 
Sempre me fascinou o ar de felicidade que toda a gente tem enquanto limpa nódoas ou o chão sujo. Deve ser da minha falta de apetência e interesse pelas tarefas domésticas ... não encontro qualquer momento de felicidade numa embalagem de detergente. 
E a quantidade de anúncios de Calgon ! Acho que nunca conheci ninguém que alguma vez tenha usado Calgon, mas eles investem muito em publicidade ...
Os únicos anúncios que superam a felicidade do aparentemente fascinante mundo dos detergentes são os de pensos higiénicos! Também nunca ouvi ninguém dizer que estava muito feliz por ter que usar um desses ! 
Memória das Águas
Amores são águas doces
Paixões são águas salgadas
Queria que a vida fosse
Essas águas misturadas

Eu que já fui afluente
Das águas da fantasia
Hoje molho mansamente
As margens da poesia

Cachoeira da Vitória
Timbó das pedras de seixo
Vocês são minha memória
Correm em mim desde o começo

Quando o Subaé subia
Beijando o Sergimirim
Um amor de águas limpas
Nascia dentro de mim

E foi assim pela vida
Navegando em tantas águas
Que mesmo as minhas feridas
Viraram ondas ou vagas

Hoje eu lembro dos meus rios
Em mim mesma mergulhada
Águas que movem moinhos
Nunca são águas passadas

Eu sou memória das águas
Eu sou memória das águas
***
Maria Bethânia

Desafio

Aquilo que nunca fiz, gostaria de fazer antes de morrer e tenho vergonha de admitir...

é um desafio...

sábado, 28 de novembro de 2009

Is a Good Night’s Sleep Worth a Million Dollars?





Reparei há uns dias que abriu uma loja da Hästens em Lisboa.
Costumava ver com algum fascínio os anúncios desta marca de camas na Wallpaper, especialmente porque custam cerca de 50 000 €. Será mesmo o segredo mais bem guardado desde 1850?

Ao que parece passamos cerca de 1/3 da nossa vida na cama ... ( e não é só a dormir )

Segundo consta estas camas são totalmente feitas à mão por artesãos qualificados utilizando apenas materiais naturais ultra-resistentes tais como o linho, crina de cavalo e madeira de pinho do norte da Suécia.
Parece que a crina de cavalo é assim do melhorzinho que há para fazer camas e colchões, pelos vistos a crina tem um sistema de ventilação próprio (um género de ar condicionado natural que mantém o colchão sempre seco). Fazendo maravilhas pela qualidade das horas dormidas deve eliminar algumas horas de insónia (eliminando a parte desagradável daquele 1/3 da nossa vida passado na cama, sobram só as partes agradáveis). 

Assalta-me a dúvida: será que há mercado em Portugal ?
Poderia comprar uma casa, mas se calhar vou só comprar uma cama ... Ou será que isto significa apenas que Lisboa se está cada vez mais a assemelhar às grandes capitais mundiais. Devemos estar a ficar mais cosmopolitas, apesar de continuarmos pelintras.

Se os bancos alguma vez voltarem aquela loucura de emprestarem dinheiro suficiente para comprar a casa, a mobília e o carro novo, fazendo avaliações exageradas aos preços das casas, pode ser que a Hästens tenha mais clientes ... E que alguns portugueses ficam endividados por causa de uma cama que vão demorar 40 anos a pagar.

Pela parte que me toca até nem simpatizo particularmente com o padrão clássico de xadrez. Mas a campanha publicitária é sugestiva.





quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Delírios orientais




Eis uma paisagem que eu gostaria de ter oportunidade de ver pelo menos uma vez na vida. 
Alimeto desde criança o desejo de ir ao Japão, de me passear pelas ruas de Kyoto, de ver as as cerejeiras em flor. Deambular pelas ruas de Tokyo, experimentar tudo o que aquela gastronomia maravilhosa tem para oferecer (e não me refiro apenas a fatias de sashimi ou ao sushi em todas as suas variedades tão harmoniosas).


E sempre quis voltar a vestir um kimono, por muito trabalho que dê. Deve ser preciso um curso só para para fazer o obi, mas paciência. Presumo que aquele com que a minha mãe me mascarou na tenra infância viesse com livro de instruções ! 









Dancing in the kitchen...

Hoje vinha no carro, e ouvi esta música na Marginal. Foi paixão à primeira audição.

Quando cheguei a casa fui procurar no YouTube, e ficou em repeat enquanto fazia o jantar. Acabei a dançar na cozinha, nos intervalos da mexidela do puré de batata, enquanto a minha cadela me ladrava furiosamente (não deve ter gostado da minha exibição de hipopótama bailarina). Só sei que há muito tempo que não tinha vontade de dançar enquanto cozinho, e que hoje diverti-me imenso enquanto o fazia.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

Stupid ad...


Segundo este anúncio, a partir do momento em que nascemos, perdemos a liberdade. Ficamos fechados, em camas de grade, em salas de aulas, em filas de espera, em escritórios, em engarrafamentos. Mas há esperança, há algo que nos pode libertar, quebrar as barreiras, oferecer-nos todo um novo mundo de aventuras, de expectativas, de liberdade verdadeira. A televisão... que vemos sentados na sala ou deitados no quarto. Sim senhor, verdadeira aventura libertadora. Irritou-me!

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

If you don't like something, change it.
If you can't change it, change your attitude.
****
Life loves to be taken by the lapel and told: "I'm with you kid. Let's go."
****
My great hope is to laugh as much as I cry;
to get my work done and try to love somebody
and have the courage to accept the love in return.
****
If you have only one smile in you give it to the people you love.
Maya Angelou

A hero... ine

Esta menina sabe realmente o que é a essência de... correr de saltos altos. Leiam a notícia (link no título).

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Será por osmose ?



Há dias em que o nosso estado de espírito fica de chuva como o tempo. Não é uma tempestade, nem uma chuva molha parvos. É mesmo só de chuva.

se um abraço resolvesse tudo


eu gostava de ter o poder do abraço milagroso, um abraço que cura, que alivia, que anima, que clarifica as ideias.... gostava de dar um abraço apertado a algumas pessoas que tanto o mereciam! porque é que Deus (se ele existe) não me deu esta benção? eu só pedia isso, a benção do abraço apertado! se calhar porque não fui baptizada!

ou será que cada um de nós tem um abraço pré-destinado? se calhar o dono do meu abraço ainda espera por ele e eu não sei; se calhar quem me pode dar o abraço milagroso também anda por aí...

bem, vou tentando e abraçando quem quiser....

domingo, 15 de novembro de 2009


Foi bom ver os Depeche Mode... especialmente o super Dave.
Do mais sexy que já vi em palco...

Será mesmo?

Quando amadurecemos tornamo-nos mais profundos!

Será mesmo? Eu sinto que não, que nos tornamos cada vez mais superficiais! Eu sinto-me cada vez mais superficial. Sinto que criei uma carapaça que me protege e impede de sentir tudo o que sentia quando era jovem. Ironicamente eram esses sentimentos que me faziam sentir viva.
Sentimentos como o ansiar por um toque de pele com pele, daqueles toques que nos um arrepio de espinha. Sentimentos como uma paixão avassaladora que nos faz bater o coração a 1000, nem que seja apenas por 2 dias. Sentimentos como olhar para o céu da madrugada, depois de uma noite em branco, e pensar que a felicidade existe!... Sentimentos, um jorrar de sentimentos que nos alimenta as veias e faz bater o coração.
Onde estão eles? Estes, tão fortes, tão inexplicáveis, tão inconsequentes e irracionais! Não nego, desejo senti-los de novo. O mais próximo que consigo estar de algo semelhante, hoje em dia, é através da música!
Sim, se juntar música e vinho tinto do bom... estou pertinho...mas não, nada que se assemelhe.
Mas o que me deixa curiosa é se serei espécie única, fruto de alguma frustração por não ter gozado a vida o suficiente. Ou se, pelo contrário, serei mais uma das que tenta enganar-se a si própria.
Alguém sabe onde temos o nosso reset?

sábado, 14 de novembro de 2009

Stripped


Come with me
Into the trees
We'll lay on the grass
And let the hours pass

Take my hand
Come back to the land
Let's get away
Just for one day

Let me see you
Stripped down to the bone
Let me see you
Stripped down to the bone

Metropolis
Has nothing on this
You're breathing's in fumes
I taste when we kiss

Take my hand
Come back to the land
Where everything's ours
For a few hours

Let me hear you
make decisions
Without your television
Let me hear you
speaking just for me

Let me see you
Stripped down to the bone
Let me hear you speaking
Just for me

Let me see you
Stripped down to the bone
Let me hear you crying
Just for me
lyrics: Gore, Martin
Depeche Mode

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

What's happening with me?

Esta semana estou muito nostálgica...
Já não bastava a memória da mercearia do senhor António, ontem fui visitar a minha avó e o meu tio.
A casa onde moram é enorme, gelada, cinzenta, vazia e desarrumada. Hoje... porque quando eu era criança era uma casa cheia de vida, calorosa, animada e luminosa.
Pus-me a olhar para a cozinha, que está, no mínimo, uma grande porcaria, e lembrei-me das manhãs passadas na grande mesa de madeira e mármore, a comer sopinhas de gato ao pequeno-almoço, ou torradas tostadas na chapa. Montes de crianças à volta da mesa, a casa cheia de luz, o calor do Verão a entrar pelas janelas abertas. A minha bisavó atarefada de um lado para o outro, para acudir à criançada toma com fome.
Olhei pela janela, para o mato que outrora era o jardim, cheio de rosas cuidadas, flores pequeninas e rosadas cheias de abelhas e borboletas à volta.
Lembrei-me de uma vez em que a minha avó começou a lavar as escadas e o carreiro de formigas ia-se afogando todo. Estiquei os braços para que elas subissem por eles acima e não morressem. Gostava de ficar deitada na relva, ao lado dos lençóis brancos estendidos ao sol a corar, e ver as formigas levarem as folhas, os pedaços de açúcar para dentro dos seus buracos.
O sótão era cheio de mistérios e roupas lindas antigas, da minha avó e bisavó. As férias naquela casa eram sempre maravilhosas, divertidas.
A casa de banho gigante, com uma janela enorme, por onde entravam jorros de luz enquanto tomávamos banho todos ao molho. Hoje é fria e velha, gasta, com os canos a aparecerem nas paredes.
Hoje tudo me parece triste, cinzento, desmazelado, sujo. Olho para a minha avó, que era uma resmungona adorável, e só vejo uma velhinha doente e praticamente sozinha numa casa gigante. Pequenina e encolhida, cabelo branco e pele cinzenta. A imagem que tenho na minha cabeça é de uma senhora linda e elegante, pouco sorridente mas atenciosa, carinhosa quando era preciso. Olho para o meu tio e vejo um velhote, quando é um homem de meia idade, atormentado pela doença e pelas memórias do que a vida poderia ter sido se...
Mantenho as memórias claras, lembro-me da felicidade de antanho, mas a realidade sobrepõe-se ferozmente ao que quero manter vivo. O cinzento apaga o dourado, as paredes amarelecidas esfriam o calor do passado e eu fico... desolada.
Gostava de poder fazer reviver aquela casa para os meus filhos. Gostava de poder ter Verões passados em família numa casa renascida, cheia de vida e risos outra vez. Temo não ser capaz de fazê-lo, mas continuo a lembrar, a imaginar e a esperar.
Quem sabe um dia?

terça-feira, 10 de novembro de 2009

A long time ago...

Hoje vinha das compras, feitas como sempre numa superficie comercial, com os meus sacos de lona cheios até acima, e a minha memória viajou até ao passado.

Voltei ao tempo em que ia às compras com o cesto de verga, a pé, à mercearia da esquina (literalmente). O senhor António, alto e magro, ao estilo do Cavavo de antigamente, tinha um ar assustador. Eu não simpatizava muito com ele, apesar dos seus sorrisos amarelos.
No senhor António compravam-se o pão, os legumes e o leite (para o qual houve fila durante um certo tempo), o Nestum e o Cola Cao. O Tulicreme e as bananas. A manteiga e o queijo. No senhor António aprendi a fazer contas e a confirmar o troco (o senhor tinha a fama, justificada ou não, de se enganar demasiado). Ao senhor António ia-se sem pressa, sem stresse, à medida que se iam precisando de coisas em casa. O senhor António fazia fiado, se não já houvesse dinheiro naquela altura do mês. O senhor António tinha sombrinhas de chocolate. Do senhor António vinha-se carregado, mas o peso era distribuído por todos os manos e pela mãe.
Naquela altura não se pensava no mal que os sacos de plástico fazem, porque não era com eles que fazíamos as compras. Não havia cartões de crédito, nem de pontos, nem descontos para a bomba de gasolina. Mas tínhamos espaço para brincar nos passeios da rua, que ainda não estavam cheios de carros.
Estou saudosa? Acho que sim. Tive uma infância feliz, luminosa e risonha. Sem medos e com amor. Sem muito dinheiro, mas com tudo o que precisava. E por mais que os nossos filhos tenham coisas com que nem sonhávamos na idade deles, já não têm a liberdade de brincar na rua com os amigos, ir a pé para a escola e fazer clubes secretos na mata ao lado de casa.
E o assustador senhor António fez-me lembrar disto tudo...

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Irmão Dalton


O desespero consome-nos, sabemos o que não queremos mas não conseguimos evitá-lo, sabemos o que nos faz infeliz e no entanto não nos afastamos. É a falta de coragem para dizer STOP, chega, não quero mais. A incapacidade de dizer não a uma violência diária que nos consome, que nos mata por dentro, que nos seca e destrói!

Porquê? Porque somos adultos responsáveis pelas suas famílias, pelos seus bens, pela sua vida em sociedade.

Levamo-nos ao limite, insistimos em seguir um caminho que já sabemos que nos leva à escuridão. Até quando? Até cairmos no abismo? Até alguém ou algo nos empurrar para outro caminho? Até nos cair ao colo a solução milagrosa?

Não existe a solução milagrosa, qualquer passo que se dê em direcção a um novo caminho trará com toda a certeza medos, dor, dúvidas, riscos, quedas, tudo o que nos petrifica de medo! Mas trará também adrenalina, novidade, desafio, motivação, genica...vida!

Neste momento eu sou um autêntico irmão Dalton, estou petrificada, presa pelo tornozelo a uma gigantesca esfera de ferro que me impede os movimentos!

Será a liberdade um eterno sonho inalcançável ou algo que está ali fora à nossa espera sem nos apercebermos?

Tenho uma varanda!

Parece mentira mas há coisas que nos deixam mesmo felizes!
Eu sempre quis ter uma varanda, desde pequena que uma varanda era o meu maior sonho, como quem sonha com um ferrari ou uma casa nas Caraíbas!
Agora tenho uma varanda! E não, não passo os dias na varanda, é que desde que mudei de casa que ficou frio e chuva.
Passo os dias (principalmente aqueles em que o miúdo esteve de gripe) a olhar para uma vista desafogada, luzes ao fundo, árvores ao pé... um sonho, uma pausa, um desanuviar... uma felicidade idiota!
Mal posso esperar pelo meu puf e por plantar as minhas ervinhas de cheiro...

sábado, 7 de novembro de 2009


by JC e MaryJ...

Tenho que me confessar... tenho um novo vício...

Deve ser da chegada do Inverno... só pode, porque se estivessem dias como deve ser passava o tempo livre a ler na minha varandinha ou a apanhar um belo sol. Mas... com a chegada do frio eis que dou por mim viciada numa certa série de televisão. Não teria nada de mal, não fosse esta série destinada a adolescentes... Acalmem-se miúdas, não estou a falar do Beverly Hills 90210 - haven't hit rock bottom yet ;o) LOL! Estou a falar da célebre Gossip Girl... já vou a meio da segunda temporada e não consigo parar!!! Será das roupas que as miúdas vestem?? Quem me conhece sabe que adoro trapos... Será por o enredo se passar em NYC?? Quem me conhece sabe bem que I Love NY... Será por achar que a Blair é o máximo?? Quem me conhece também sabe que adoro a Audrey Hepburn... Sim, confesso, estou viciada!!! Hoje até me dei ao trabalho de ir googlar a série... e dei por mim num blog de adolescentes... LOL!!! Enfim, no fim até acho divertido estar a gostar de uma série juvenil - é que isto de ser sempre adulta às vezes é uma seca ;o) !!! xo xo

P.S. para as curiosas espreitem isto http://www.cwtv.com/shows/gossip-girl

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Inevitabilidades



Perante a inevitabilidade da chegada do Inverno, estava aqui a fazer um brainstorming sobre as vantagens do mesmo.
Isto tudo para me tentar convencer que afinal é bom. Um exercício mental como outro qualquer, como tantos que fazemos diariamente para levar a vida com maior ligeireza.
Ora vejamos ...
Não preciso de regar as plantas (e com um bocadinho de sorte ainda ressuscitam umas tantas que foram negligenciadas durante as frequentes escapadelas de Verão ), comer torradas de pão alentejano, beber chocolate quente, comer scones e beber chá enquanto chove lá fora, comer castanhas assadas, passar as manhãs de fim-de- semana inteiras na cama (de preferência muito bem acompanhada e nesse caso o programa até tem potencial para se arrastar pela tarde fora), ver filmes no sofá dando uso à mantinha, fazer uma vidinha mais caseira, passar uns tantos fins-de-semana no campo numa casa com lareira, ver o arco-íris com mais frequência, ver chover e fazer sol, ir mais vezes ao cinema, organizar jantares para os amigos em casa, dar uso aos casacos, cachecóis e boinas (já que ocupam aquele espaço todo no meu armário), arrumar finalmente as papeladas que crescem como cogumelos (pode ser que este ano seja bem sucedida nesta tarefa antes da data limite de entrega do IRS), ir passear à praia bem agasalhada e ver o mar imponente e agitado, tomar um banho de imersão bem quente a ouvir musica e ler o jornal, encher a casa de velas.
Com tantas ideias ainda corro o risco de um dia destes achar graça ao Inverno ... ou talvez não ...

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

GRRR!!!!

Hoje passei, no total, duas horas e meia à espera em salas de espera de médicos. Diga-se de passagem que não estive nem no São Francisco, nem em Santa Maria, nem no centro de saúde aqui da freguesia, mas em hospitais privados.
Não percebo esta mania portuguesa de marcar consultas de 15 em 15 minutos, mas depois fazer a consulta em si demorar 30 a 45 minutos. Quer dizer, acho óptimo que prestem atenção ao paciente e não o despachem. Mas não compreendo que, por razões que são seguramente economicistas, se encha uma agenda de consultas que já se sabe à partida que não vão ser cumpridas no horário. Acho que é uma completa falta de respeito pelas pessoas, sem falar da perda de tempo, que acaba por afectar o trabalho.
Como tenho esta mania incompreensível de chegar a horas, o meu dia foi um completo desperdício de tempo. O que me irrita. Até parece que eu é que estou mal, por assumir que as coisas deveriam funcionar...

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Cobras Venenosas

Hoje, durante o meu atarefado dia de trabalho, lembrei-me deste tema: cobras venenosas.
Pois fui googlar sobre isto e deparei-me com a seguinte notícia "A víbora mais venenosa em Portugal não mata... mas mói" * olha que engraçado! Este google é mesmo impressionante! Até tem capacidade de ler os meus pensamentos... passo os dias rodeada de víborazinhas e lá me vou safando ao seu veneno, mas às tantas tamanha falsidade começa a cansar... No meio disto tudo, o mais engraçado é que o nome da cobra mencionada nesta notícia não podia assentar melhor às viperinas que me rodeiam... trata-se da Víbora Cornuda!!! Lindo... não consigo parar de rir!!! Amanhã vou trabalhar com novo ânimo :o)

* in: http://dn.sapo.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=1227160&seccao=Biosfera

And if I was in Paris?...


Apetecia-me estar sentada na esplanada do Café de Flore, mas estou dentro da Leitaria Vitória. Não é assim tão mau, as torradas são deliciosas.
Estou rodeada de senhoras reformadas e, uma em particular destaca-se. Fala para o café inteiro, enquanto vai desfiando um rosário de histórias desastrosas que leu no Crime ou no Correio da Manhã ou coisa que o valha.
Casal maravilha é destroçado quando pai mata mãe e suicida-se em frente da filha de nove anos; militar reformado de 77 anos viola miúdas na garagem da casa dele, aliciando-as com rebuçados, mas não é preso; morreu mais uma pessoa com gripe A em Freixo de Espada à Cinta; a senhora que já foi multada 38 vezes por conduzir sem carta devia receber uma carta honorária por ser tão boa condutora. Oh minha nossa Senhora, o mundo já tem arautos da desgraça suficientes, não precisamos de mais uma na leitaria Vitória!
Mas como diz a sabedoria popular, quem está mal que se mude. Acho que vou apanhar o avião e tomar o lanche no Café de Flore...

terça-feira, 3 de novembro de 2009

My birthday is coming

Eheh, é a brincar. Nada de ideias!

Agora oiço sempre a rádio Marginal e passam lá uns senhores de quem nunca tinha ouvido falar, mas de quem estou a ficar fan. Aqui vai um deles, o senhor John Legend. Estou a ficar soft? Acho que sim...

This music drives me crazy!

Não pensaria que faz o meu género, mas depois de a ouvir umas vezes entranhou-se de uma maneira que... me dá a volta à cabeça!

domingo, 1 de novembro de 2009

guess what it is ?


Será uma calçadeira, um instrumento de tortura disfarçado, uma espátula de cozinha, um instrumento para bater claras em castelo ?
Nada disso!
Mojito, é o nome deste original par de sapatos.
Não sei bem como é que se consegue andar nos estilizados Mojito, muito menos como é que alguém consegue correr para o metro ou subir para o eléctrico.
Calculo que seja ainda mais complicado depois de beber uns mojitos ....

a cadeira mais desejada


Sempre quis ter uma Bubble Chair !
Quando era pequena achava que era assim uma espécie de cocoon, um cantinho só meu. Agora que já estou crescidinha demais para brincar aos cocoons dentro da Bubble Chair continuo a desejar uma ... Ficava mesmo bem, naquele cantinho da minha sala ao pé da janela, banhada pelo sol alfacinha. Um cantinho para ler o jornal, um livro, limar as unhas ou fazer o que me der na real gana.
Mesmo que pudesse comprar uma,  tenho algumas dúvidas sobre a resistência do tecto do meu apartamento. Se calhar um belo dia os meus vizinhos de cima aterravam no meu colo ...
I Am Vertical

But I would rather be horizontal. / I am not a tree with my root in the soil / Sucking up minerals and motherly love / So that each March I may gleam into leaf, / Nor am I the beauty of a garden bed / Attracting my share of Ahs and spectacularly painted, / Unknowing I must soon unpetal. / Compared with me, a tree is immortal / And a flower-head not tall, but more startling, / And I want the one’s longevity and the other’s daring.Tonight, in the infinitesimal light of the stars, / The trees and flowers have been strewing their cool odors. / I walk among them, but none of them are noticing. / Sometimes I think that when I am sleeping / I must most perfectly resemble them- / Thoughts gone dim / It is more natural to me, lying down. / Then the sky and I are in open conversation, / And I shall be useful when I lie down finally: / Then the trees may touch me for once, and the / flowers have time for me.

Sylvia Plath

Moda Lisboa



Este post vem um pouco atrasado .... mas sempre ouvi dizer que mais vale tarde que nunca!
Algumas da miúdas do Correr de Saltos Altos foram dar um saltinho à Moda Lisboa.
Uns desfile aqui, uns drinks ali, umas pessoas conhecidas, o trivial nestes eventos.
O nosso grande favorito foi o desfile da White Tent  www.white-tent.com.
Um cenário fantástico,  um desfile maravilhoso, uma colecção soberba.
A Formiga Atómica ficou tão entusiasmada que se pudesse tinha comprado logo ali a colecção inteira !


last night a DJ saved my life




Ando mortinha, mas mortinha para virar a noite! Dançar, dançar, dançar!
Dançar até de manhã, ou até mesmo pela manhã fora. Num sítio fantástico, com música bombástica (de preferência do século XXI).
Virar a pista de dança até que os pés me doam ....
Ficar arrasada de cansaço , mas feliz. Mesmo que isso implique passar o fim-de-semana inteiro a recuperar, sem ver a luz do dia a e ter que fazer um esforço desmesurado para me  arrastar para fora da cama na Segunda-feira e não telefonar para o emprego a dizer que estou a passar muito mal ... Passar o resto da semana com uma sensação que se assemelha ao jet lag e andar com os sonos trocados.
Acabar com o meu stock de Guronsan e Resolve Extra e ter que me arrastar até ao café da esquina para comprar umas latas de Sumol de ananás.
Eu que tenho andado convencida que os meus dias de "dancing queen" já tinham passado à história, que Lisboa à noite já não é o que era, e que já não tinha pachorra para os "sítios do costume".
A verdade é que nem tenho muita pachorra para os sítios do costume e para a fauna de sempre.
Apetecia-me algo novo e diferente.
Se calhar vou ter que emigrar, ou ir passar umas férias a Ibiza (a seguir às quais teria que  tirar  umas férias das férias)
Bolas! Afinal o bichinho de sair à noite deve ser primo do parasita da malária, fica adormecido durante uns tempos e volta e meia vem dar o ar da sua graça.