sábado, 29 de setembro de 2012

Viver numa bolha


As vezes a realidade dá-me um abanão e diz-me que vivo numa bolha... Sim, numa bolha... Eu que sempre me vi como uma pessoa super simples, normal, sem mariquices... Sim, numa bolha... Não é presuncice nem arrogância da minha parte. Simplesmente estou habituada a viver num mundo em que sou igual aos outros e não sou nada mais que os que me rodeiam. Temos todos a mesma educação e os mesmos valores, essencialmente é isto... Mas as vezes a bolha rebenta e diz-me 'Olááá!!! Acordaaaa!!!' nessas alturas fico chocada e triste... Quando vejo que ninguém se levanta para ceder o lugar a uma senhora com uma criança ao colo... Sim, um autocarro cheio de homens sentados e eu, a mulher, é que tenho que me levantar para ceder o lugar! Don't get me wrong, sou totalmente a favor da igualdade entre os sexos, mas acho que se trata de uma questão de educação e de valores. Ou então quando estou a sair de um elevador e ninguém espera que os que estão lá dentro saiam e começam todos a acotovelar-se para ver quem entra primeiro... Por favor... Já nem falo nos que cospem para o chão ou aqueles que não deitam o lixo no caixote... Sem palavras, muito triste...
Numa altura em que tanto se fala de crise, devíamos olhar primeiro para nos próprios, para a crise de valores e educação que atingiu a nossa sociedade... Há que mudar por dentro e por fora. É que se é assim agora, nem quero imaginar como será quando os meus filhos forem crescidos, nem quero imaginar como serão os adultos filhos dos que hoje em dia cospem para o chão...
É mesmo verdade, vivo mesmo numa bolha... E será possível viver de outra maneira? O que posso fazer para que o futuro seja melhor?

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Os Eternos

 
 
Há pessoas que para mim são eternas. São aquelas pessoas que já cá estavam quando nascemos, que sempre cá estiveram enquanto crescemos, que continuam cá agora que somos 'adultos'.

Os meus avós, os meus pais e os meus tios são eternos. São pessoas queridas que sempre estiveram presentes na minha vida. Não tenho por elas mais amor do que pelos que apareceram mais tarde, como a minha irmã, o meu marido e o meu filho, simplesmente são pessoas que sempre cá estiveram portanto fazem parte das minhas raízes. Porque as raízes não são só a terra ou a casa onde nascemos, as raízes para mim são as pessoas que me viram crescer e todas as outras que fazem parte da minha vida.
 
Para mim os eternos nunca vão deixar de existir. Vão estar sempre cá. Também vão ser eternos para o meu filho. Nunca vão morrer. Mas há alturas em que esta crença na eternidade dos meus queridos treme um bocadinho... Quando olho para o meu pai e vejo os cabelos brancos, quando vejo que já não me dá luta quando jogamos ténis de praia, oops... desculpa pai ;) ! E as minhas avós... As minhas avós queridas, que sempre tiveram cabelos brancos, mas já não têm aquela cara rechonchudinha e quase sem rugas... E a minha mãe que continua o máximo mas que vai deixar de pintar o cabelo... A minha mãe de cabelo branco?... Mas o que me fez mesmo tremer foi a morte do meu avô. O meu avô querido, com quem ia aos jogos do Sporting, com quem ia almoçar todas as semanas quando ainda trabalhava na revista, que me ajudou a tomar aquela decisão que mudou a minha vida... O meu avô querido que apesar do mau feitio e da teimosia sempre nos fez rir. Mas sabes que mais avô, tu afinal continuas eterno, sim, tenho saudades tuas, mas continuas aqui, sempre.

Sou uma sortuda por ainda ter comigo bisavó, avós, pais, tios. Sou uma sortuda por ter uma família unida que me viu crescer e que agora também está presente para ver o meu filho crescer. Tenho uma família linda que vai ser sempre eterna à minha maneira.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Será??


Este foi ano da primeira mamografia... 
Este foi o ano da primeira coroa dentária... 
Aos poucos o meu corpo vai-me dizendo que já tenho 35, mas na minha cabeça só tenho 22... Será um prenúncio da crise de meia idade? Se sim, quero já um descapotável! Até pode ser este, porque eu cá sou uma moça simples...
 

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

home sweet home


É tão bom chegar a casa depois de uma semana passada a trabalhar longe... É tão bom dar um abraço bem apertadinho aos meus meninos... There's no place like home!

sábado, 15 de setembro de 2012

Chega!

Infelizmente não pude ir à manifestação. Quando finalmente cheguei a casa liguei a TV e vi as imagens de Lisboa e Porto inundadas por um mar de gente... arrepio! Senti orgulho deste nosso povo português, que sabe expressar a sua revolta sem recorrer à violência... Mas agora que a revolta chegou à assembleia da republica e começaram a transmitir as imagens de manifestantes a atirarem garrafas e pedras contra as forças policiais fiquei muito triste... Sou profundamente anti violência, para mim é um reflexo de ignorância, penso que com violência não se chega a lado nenhum. Sou a favor do protesto e da manifestação do desagrado face às medidas de austeridade. Mas também não sou ingénua ao ponto de pensar que esta manifestação vai mudar a conjuntura actual, infelizmente vamos ter que continuar a pagar pelas acções de governos corruptos, bancos e grandes empresas que durante anos a fio encheram os cofres e bolsos à custa do povo português. Durante anos navegámos numa imensidão de créditos fáceis, beneficiámos de empréstimos atrás de empréstimos para que Portugal se pudesse tornar num país com infra-estruturas à altura do resto da comunidade europeia. Agora temos que pagar. Temos que pagar o bom e o mau, as estradas novas, os aeroportos remodelados e infelizmente também temos que pagar os negócios dos submarinos e outros mais... Concordo que tenhamos que pagar o preço. Mas é profundamente injusto que os que menos têm sejam sempre os que pagam mais. É imoral que os que vivem com um ordenado mínimo tenham que ser ainda mais prejudicados. É uma falta de respeito que pessoas que trabalharam anos a fio para receberem uma reforma miserável tenham que apertar ainda mais o cinto. Em teoria compreendo a medida do aumento da TSU, sim, em papel é muito bonita, mas por favor... Já passámos a fase da ingenuidade!! Trabalho há anos suficientes para saber que ao final do ano os lucros são sempre repartidos pelos grandes accionistas e directores e nunca pela arraia miúda!! O mesmo vai acontecer com o dinheiro que as empresas vão lucrar com as TSU, vão parar direitinho aos bolsos de quem menos precisa... É muito triste saber que é isto que vai acontecer... Vamos ter que continuar a encher os bolsos dos mais ricos para que Portugal não afunde de vez...

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Fashion...... really???


Parece que estes tamancos Jeffrey Campbell andam muito na moda. A mim, fazem-me lembrar aqueles sapatos ortopédicos de quem tem uma perna mais curta que a outra... no way!!!

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

TAP

Trabalhar numa companhia em que a prioridade é o cliente e depois ter que interagir com uma companhia em que a prioridade é o trabalhador faz-me muita confusão. Não quero com isto insinuar que sou anti-sindicalista, muito pelo contrario, os trabalhadores têm que lutar pelos seus direitos e regalias. Mas quando estes direitos e regalias interferem com a qualidade do serviço prestado ao cliente, aí acho que se chega a um limite. Afinal o cliente é ou não é o sustento de um negocio? Não é o cliente que no fim do mês nos paga o salário? Tomemos por exemplo uma empresa estatal como a TAP. No dia em que as manchetes dos jornais falavam sobre o aumento da taxa de segurança social, lia-se também que a TAP não tinha sido afectada no corte dos subsídios de ferias e de Natal. Coincidência das coincidências, nesse dia tive que viajar a trabalho num vôo da TAP. Após um atraso de uma hora e meia no embarque, após uma espera de meia hora dentro de um autocarro na placa, lá finalmente embarco no avião. A tripulação não é especialmente simpática, mas a isso já estou habituada, o que mais me surpreendeu foi o anuncio que veio minutos após a descolagem. Foi qualquer coisa do género 'caros passageiros, lamentamos informar que não será efectuado serviço de refeição devido ao facto de neste voo termos apenas tripulação mínima de segurança'. Como por acaso até tenho vários amigos tripulantes na TAP este facto não me surpreendeu, sei que ultimamente até costuma acontecer com frequência... Eu percebo perfeitamente os motivos que os levam a fazer isto mas não consigo concordar. Não consigo deixar de pensar que com estas atitudes estão a dar um tiro no próprio pé, que estão a prejudicar a companhia em que trabalham não prestando um serviço de qualidade ao passageiro. Afinal qual é a companhia de aviação que sobrevive sem passageiros? Acho que a sorte da TAP é ser uma companhia portuguesa, que tem como principal cliente o passageiro português... O português é um povo muito passivo e pouco exigente,  um povo que não está habituado a queixar-se e não questiona nada. Basta olhar à minha volta neste voo de regresso a Portugal, vejo o típico emigrante português, que há anos que está longe da pátria e quando regressa só quer voar na TAP, porque assim que entra no avião já pode falar português, porque assim que entra a bordo já está um bocadinho mais perto de casa.  Não me levem a mal, não sou anti TAP. Muito pelo contrário, é uma companhia que eu quero que perdure porque nela trabalham grandes amigos meus. Mas penso que tem que haver uma grande mudança de mentalidade para que possa subsistir com sucesso após a privatização. Tem que se impor um limite às exigências dos sindicatos e começar a pensar mais na qualidade do serviço prestado ao passageiro, senão assim começam a perder  clientes... É que as novas gerações de portugueses já não são tão passivas como as de antigamente e não gostam de pagar e ser mal servidos...

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Era capaz de ouvir a Intro dos XX em repeat um dia inteiro... Especialmente quando estou 'naqueles dias'... Espero que o Coexist seja igualmente maravilhoso... Para já, a Try e a Reunion foram as que mais me ficaram no ouvido... A ouvir vamos!

domingo, 9 de setembro de 2012

Casamentos

Chega a uma altura das nossas vidas em que todos à nossa volta se começam a casar. É tão giro poder partilhar estes momentos de felicidade com os nossos amigos! Olhar para trás e pensar "que bom ver esta relação a dar certo" ou então "há uns anos atrás nunca imaginaria que ficassem juntos"! É tão bom crescer e ver os nossos amigos a crescer connosco :) os primeiros casamentos, os primeiros bebés... Este fim de semana foi o casamento de uma amiga que para mim é uma irmã. Foi tão bonito, estavam tão lindos e tão felizes, foi tudo perfeito! Lá para o final da festa pus-me a pensar que este era o ultimo casamento daquele grupo de amigos... Já está tudo casado e os que não deram o nó até agora já têm filhos e não mostram vontade de se casar... E agora??? Tenho que esperar 25 anos pelos primeiros casamentos dos filhotes desta grupeta de amigos? Ó pessoal que ainda não casou, não querem reconsiderar? Vá lá.... Quem é que não gosta de um bom casamento? Eu cá adoro e divirto-me à brava!