"A frivolidade é a mais bela resposta à angústia" Cocteau
isto explica muita coisa...
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
Tiger Man...
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
Sometimes I wonder...
-"Vou sair, estou a dar em maluca."
-"Fazes bem. Vai ao cinema, distrai-te. Vai a Alfragide, toma um café no Starbucks, passeia na FNAC. Olha, depois traz-me um moka."
No meio da minha irritação, da vontade de partir coisas, saltou cá para fora um sorriso. Meu Deus, às vezes pergunto-me, existem almas gémeas, ou é uma fabricação do nosso imaginário romântico? Não sei, mas que às vezes sorrisos aparecem do nada, lá isso aparecem...
As good as it gets!
Desde que deixou a puta da droga e começou a fazer exercício, este senhor está simplesmente delicioso... será que fala italiano?
Weekends...
Este fim de semana tive uma "trip", um "vipe", "deu-me uma coisinha má".
Este mês e meio de "jejum" de computador e net foi um mês e meio de "indigestão" de doenças cá em casa. Gripes, amigdalites, otites, e sei lá mais o quê, os vírus não largavam o pessoal cá de casa. Resultado: há um mês e meio que tinha os pimpolhos em casa, ora à vez, ora os dois ao mesmo tempo. Sem sair de casa. Fechada entre quatro paredes. Resultado: stress mental. Resultado: pouca paciência e tendência a ver as coisas com olhos de sociopata.
Neste sábado, às 16 horas, depois de uma manhã e principio de tarde de loucos, com os miúdos a reencarnarem o Chuckie e o Filho de Satã, mal o meu querido marido meteu a chave na porta e entrou em casa, eu vesti as calças e saí porta fora. Estava no limite de começar a arrancar cabelo enquanto batia com a cabeça na parede.
Saí porta fora em direcção à liberdade, ao ar fresco e poluído de Alfragide, às filas da estrada nacional 117, às multidões de sábado à tarde nos centros comerciais... e soube-me tão bem!!! Sozinha. Sozinha por umas horas sem ter que me preocupar com lanches, jantares, fraldas, birras, guerras, banhos. Meu Deus, o paraíso é em Alfragide!
Estive fora de casa até à meia noite, fui a duas sessões de cinema onde pude deliciar-me com um senhor que está cada vez melhor com a idade, demorei uma hora a beber um frapuccino enquanto lia uma revista espanhola já manuseada por trezentas pessoas, sem medos de gripes A e o catano.
PS: Para os desconhecidos que lêem estas deambulações, só queria informar que DETESTO centros comerciais (quando estou normal).
Father figure
Pais... há tanto para dizer.
Ontem fui almoçar com o meu Pai. Não é coisa normal, sou muito mais ligada à minha Mãe, e poucas vezes almocei com o meu progenitor sem a minha Mãe a acompanhar. Mas ontem lá fomos partilhar a refeição do meio dia.
Encontrámo-nos em frente à Brasileira. O meu Pai é uma personagem caricata, com um metro e oitenta e cinco e uns bons cem quilos, com um ar "pachola" (palavra que ele adora) e permanentemente com o seu chapéu à Indiana Jones.
Fomos almoçar à Rosa da Rua, um dos meus restaurantes preferidos ali na zona, e que à quarta-feira tem cozido à portuguesa, pelo qual o meu Pai, bom garfo e nada nouvelle cuisine, se pela.
Enquanto subíamos a rua de São Pedro de Alcântara, lá me foi contando que saiu mal no metro, e em vez de subir para o Chiado, foi parar à Baixa. Desorientado, lá resolveu pedir indicações para o famoso café onde tínhamos marcado encontro. Mas, como teve vergonha, resolveu dirigir-se a um grupo de jovens raparigas e perguntar-lhes o caminho...
- Scusi, signorina, dove posso trovare... come si dice?... La Brasi...
Pelo que me contou, as meninas começaram logo a sorrir mal o senhor se lhes dirigiu em italiano. Afinal, que mulher resiste a essa língua dos deuses do amor? Até o Roberto Benigni a pular sobre cadeiras na entrega dos Óscares se torna irremediavelmente irresistível mal abre a boca para agradecer, e o meu Pai é um senhor charmoso. Não lhe fazia mal perder uns vinte quilos, mas isso já é outra história. Indicaram o caminho, e quando eu cheguei à Brasileira (atrasada) já ele lá estava, percorrendo o horizonte à procura do meu lindo sorriso, como ele diz.
Porque é que estou a contar isto? Porque me surpreendeu. Porque me enterneceu. Porque me fez rir. Porque acho piada que um homem de sessenta e três anos ainda fique embaraçado por perguntar o caminho.
Os Pais... há tanto para dizer. Mas às vezes, se calhar, de vez em quando, devíamos era escutar.
domingo, 10 de janeiro de 2010
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