Depois de ter visto uma curta fantástica sobre o maravilhoso ciclo de vida do saco de plástico, pus-me a pensar que a evolução da nossa espécie só nos tem trazido dissabores.
Lembram-se quando iam às compras com as vossas mamãs, e elas levavam um saco das compras com rodinhas, para trazer as compras da semana para casa? Agora que evoluímos dispensamos esses artefactos arcaicos de trazer por casa e preferimos sem sombra de dúvida o saco de plástico, tão mais fácil de transportar (normalmente 4 em cada mão, o que sim, é mais fácil do que puxar um saco com rodas).
Lembram-se quando as fraldas eram de pano e eram usadas e voltadas a usar? Agora a nossa fantástica evolução deu-nos as fraldas descartáveis, tirar e deitar fora, com caquinha e tudo. Não dá trabalho nenhum, não temos que lavar roupa, mas poluímos incomensuravelmente mais o nosso planeta.
Lembram-se quando os lenços eram de tecido? Quando não havia necessidade de abater árvores para limparmos o nosso nariz ranhoso? Agora, a inefável evolução humana facilitou-nos a vida, com os lenços de papel, que admito usar, com remorso.
Aliás, eu sou uma mulher moderna, que aderiu à evolução, cheia de remorso por participar tanto na destruição do planeta como um americano com um SUV que gasta 50 litros aos 100, ou um empresário chinês que investe em centrais eléctricas de carvão.
Já me deixei dos sacos de plástico há uns anos, mas simplifico temporariamente com fraldas e lenços de papel. E quando digo temporariamente, é porque vamos começar a pagar definitivamente o preço da nossa preguiça em breve. O preço da nossa evolução maravilhosa...
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