quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Love it, love it, love it!

Adoro... pessoas que acampam à frente do multibanco com as 25 contas do mês. 
Adoro... pessoas que se amontoam nas escadas e passadeiras rolantes, impedindo a passagem de quem usa as mesmas para andar mais rápido e não para ficar a pastar. 
Adoro... pessoas que estacionam nos lugares de grávidas, deficientes e famílias com bebés quando não são nada do enunciado anteriormente. Sonho com um profissional da navalha, a esfacelar os pneus dos ditos.
Adoro... pessoas que atendem telemóveis no cinema e conversam como se estivessem no mercado.
Adoro... pessoas que tentam passar sub-repticiamente à frente das outras pessoas nas filas.
Adoro... pessoas que acham que os filhos birrentos e insuportáveis são a melhor coisa do mundo desde o pão fatiado.
Irrita-me um bocadinho... quando estou com este feitio impossível e só vejo as nuvens, sem me lembrar que o sol está lá por trás.

Evolution Baby!

Depois de ter visto uma curta fantástica sobre o maravilhoso ciclo de vida do saco de plástico, pus-me a pensar que a evolução da nossa espécie só nos tem trazido dissabores. 
Lembram-se quando iam às compras com as vossas mamãs, e elas levavam um saco das compras com rodinhas, para trazer as compras da semana para casa? Agora que evoluímos dispensamos esses artefactos arcaicos de trazer por casa e preferimos sem sombra de dúvida o saco de plástico, tão mais fácil de transportar (normalmente 4 em cada mão, o que sim, é mais fácil do que puxar um saco com rodas).
Lembram-se quando as fraldas eram de pano e eram usadas e voltadas a usar? Agora a nossa fantástica evolução deu-nos as fraldas descartáveis, tirar e deitar fora, com caquinha e tudo. Não dá trabalho nenhum, não temos que lavar roupa, mas poluímos incomensuravelmente mais o nosso planeta. 
Lembram-se quando os lenços eram de tecido? Quando não havia necessidade de abater árvores para limparmos o nosso nariz ranhoso? Agora, a inefável evolução humana facilitou-nos a vida, com os lenços de papel, que admito usar, com remorso.
Aliás, eu sou uma mulher moderna, que aderiu à evolução, cheia de remorso por participar tanto na destruição do planeta como um americano com um SUV que gasta 50 litros aos 100, ou um empresário chinês que investe em centrais eléctricas de carvão. 
Já me deixei dos sacos de plástico há uns anos, mas simplifico temporariamente com fraldas e lenços de papel. E quando digo temporariamente, é porque vamos começar a pagar definitivamente o preço da nossa preguiça em breve. O preço da nossa evolução maravilhosa...

sábado, 6 de novembro de 2010


Perdoe-me, deus dos semáforos e do código da estrada. Eu má condutora, me confesso.
Não sei o que se passa comigo, mas tenho a mania de dar passagem a carros que não têm prioridade, mas estão há séculos à espera de poder entrar numa rua estreita. Os bons condutores, esses, gostam de me ultrapassar nessas alturas.
Também tenho a mania de parar para deixar pessoas de idade atravessarem a rua, nas passadeiras. Toda a gente sabe que os chatos dos velhos andam devagar, então os bons condutores gostam de me apitar quando cometo tamanha atrocidade.
Ás vezes perco a cabeça e ando às voltas e às voltas, para encontrar um lugar para estacionar, que não implique ficar em cima do passeio ou estacionar em dupla fila. Quando estou completamente irracional até me dá para pagar parqueamento.
É mais forte do que eu, por mais que tente reprimir, não sei que se passa comigo, mas desde que tirei a carta de condução fui ganhando estas manias, estes tiques de má condutora, e agora envergonhada confesso: não fui feita para as estradas de Portugal. 
Quantos Stops Nossos e quantas Avés da Prioridade preciso rezar para obter a absolvição?