Esta tarde, enquanto fazia zapping, parei na RTP2, ao ver um programa que me intrigou. O écran dividido em dois rectângulos: num dos lados uma pessoa que falava, no outro, o écran preto, com a tradução do que estava ser dito. Falaram pessoas da Tchetchénia, de Israel, de França, dos Estados Unidos. Cada uma dizia o que era para elas a felicidade. E foi um momento tocante, simples, emocionante.
Para a jovem tchetchena, a felicidade era o silêncio, depois do caos da guerra. Para a idosa francesa, foi o nascimento do filho, depois de ter estado às portas da morte. Para a israelita. eram momentos fugazes que passavam na vida dela. Para o americano judeu ortodoxo, foi sentir a presença de Deus, depois de uma noite de discussão com um palestiano de Gaza, ao fim da qual descobriu que apesar de todas as diferenças, os corações deles estavam próximos. Para o homem maliense, a felicidade é ter saúde e sentir-se em paz. Para a senhora etíope, é ultrapassar as adversidades.
O mundo tem tantas definições de felicidade, quantas pessoas nele vivem. Para uns mais materiais, para outros mais espirituais, mas todas tocantes, todas especiais, todas únicas.
Adorei ter a oportunidade de conhecer este projecto, 6 milliards d'autres, que já dura há uns anos. As pessoas partilham com o mundo o que é para elas uma míriade de coisas: dinheiro, raiva, país, amor, vida, sonhos. Vale a pena ver. Acho que vou deixar o meu testemunho...
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